Região Sul perde R$ 826 milhões com venda ilegal de cigarros

Em 2018, os três estados do Sul perderam R$ 826 milhões em arrecadação com a venda de cigarros contrabandeados. Desde 2015, circularam 12,1 bilhões de produtos ilegais na região, representando mais da metade dos cigarros consumidos, segundo estimativa do Ibope. Por isso, as marcas mais populares, Classic e Gift, são ilegais, ambas contrabandeadas do Paraguai.

No Rio Grande do Sul, cerca de 53% de todos os cigarros que circulam tem origem em contrabando. Esse dado representa a evasão fiscal de R$ 359 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sendo o estado que mais perde com o comércio ilegal na região. No Paraná, o volume de cigarros contrabandeados chega a 59%, mas a perda é menor: cerca de R$ 292 milhões que não entram para os cofres públicos. No entanto, entre 2014 e 2017, o mercado irregular cresceu 70% no estado, espalhado por diferentes regiões. Em Santa Catarina, 48% dos cigarros que circulam são clandestinos, representando R$ 175 milhões não arrecadados.

No país, a evasão de impostos no país que deixam de ser recolhidos em função do mercado ilegal de cigarros (R$ 11,5 bilhões) será maior do que a arrecadação (R$ 11,4 bilhões) pela primeira vez desde 2011. “O levantamento revelou que, mesmo gastando menos, já que os cigarros contrabandeados não seguem a política de preço mínimo estabelecida em lei, os consumidores acabam fumando, em média, um cigarro a mais por dia. Isso mostra que as políticas de redução de consumo adotadas pelo governo não estão sendo eficazes, por conta do crescimento do mercado ilegal” afirma Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).

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