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Foto: Tolga Akmen / AFP / CP Memória |
Duas das maiores operadoras de telefonia móvel do Japão anunciaram nesta quarta-feira que vão atrasar o lançamento dos novos modelos fabricados pela Huawei, após a proibição às empresas americanas de vender tecnologia para a gigante de tecnologia chinesa. KDDI e SoftBank Corp, número dois e três entre as operadoras no país, disseram que esta decisão foi tomada para ter tempo de estudar o impacto da ordem da administração do presidente americano Donald Trump.
A maior operadora de telefonia móvel, NTT DoCoMo, também anunciou a suspensão das ordens de compra do novo modelo da Huawei, mas não freou o lançamento do mesmo. A SoftBank planejava lançar o novo smartphone da Huawei na sexta-feira, mas cancelou a apresentação "porque atualmente estamos tentando confirmar se os nossos clientes poderão usar o dispositivo com alguma segurança", disse o porta-voz da empresa, Hiroyuki Mizukami.
Washington lançou uma campanha global contra a Huawei que se agravou na semana passada quando Trump proibiu as empresas de telecomunicações americanas de comercializar com empresas estrangeirasconsideradas "de risco" à segurança nacional. Os Estados Unidos alertaram que a Huawei apresenta riscos para a segurança nacional e à privacidade dos usuários por causa de seus laços estreitos com o governo chinês. A companhia rejeita as acusações. A medida, entretanto, não entrará em vigor antes de 90 dias.
A Huawei ficou em quinto lugar no Japão em 2018, muito atrás da Apple, mas em forte progressão com a venda de quase 2 milhões de unidades (+ 63% em um ano) em um mercado total de 31 milhões de smartphones, segundo dados do MM Research Institute. Uma gota d'água para a gigante de telecomunicações chinesa, maior provedora mundial de redes e segunda maior fabricante de smartphones do mundo (206 milhões de aparelhos vendidos em 2018), mas sem dúvida um novo golpe após o anúncio no domingo do Google.
A gigante americana da internet, cujo sistema Android equipa a maioria dos telefones do mundo, anunciou que romperia com a Huawei. Sem o Android, a Huawei deverá ter dificuldades para convencer seus clientes a comprar seus celulares, desprovidos de aplicativos como Gmail, Maps e YouTube.
Fonte: Correio do Povo
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