Os tempos são outros, e aquele ensino “quadrado”, com alunos enfileirados, aprendendo de forma passiva o conteúdo, já tem sido substituído por técnicas de aprendizagem que buscam primeiro entender o funcionamento do cérebro para depois pensar a melhor forma de passar o conteúdo. Nesse cenário se encaixa a neuroeducação, que mescla neurociência, psicologia, ciência cognitiva e educação. Muitos saberes em prol de um ensino mais efetivo.
Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina a neurociência, psicologia e educação para decifrar processos cognitivos e emocionais que originem melhores métodos de ensino e currículos.
As pesquisas e iniciativas de neuroeducação têm crescido muito no mundo, nos últimos anos, e tenta usar descobertas sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para informar os educadores sobre as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, os professores querem e precisam saber sobre como os seus alunos aprendem e memorizam as informações ensinadas. Os neurocientistas, por outro lado, querem saber como essas indagações dos professores podem sugerir novas pesquisas em neurociência
Outra linha de abordagem em neuroeducação é compreender quais e como os distúrbios e doenças nervosas e mentais podem afetar o aprendizado dos alunos. e como os professores podem colaborar com outros profissionais para ajudar a identificar problemas em sala de aula, de modo a enfrentá-los com novos métodos de educação especial para a inclusão social dos seus alunos afetados.
Assim, a neuroeducação engloba o estudo de doenças comuns ou raras, tais como:
- Dislexia
- Discalculia
- Gagueira
- Desordem de atenção e hiperatividade
- Disfunção cerebral mínima
- Retardamento mental
- Disfunções no desenvolvimento
- Dificuldades de aprendizagem
- Deficiências da visão e audição
- Lesão cerebral
- Dispraxia
- Doenças mentais como depressão, ansiedade, etc
- Doenças sistêmicas com comprometimento cognitivo, como anemia, mixedema, desnutrição e outros
História
A neuroeducação é um campo muito recente sob esse nome, mas o conceito e as publicações iniciais que tentaram construir uma ponte entre a neurociência e a educação foram feitas por Herbert Henry Donaldson (1857-1938), um neurologista, que escreveu um livro em 1895 intitulado The Growth of the Brain: A Study of the Nervous System in Relation to Education' (O Crescimento da Cérebro: Um Estudo do Sistema Nervoso em Relação à educação, e Reuben Post Halleck (1859-1936), um educador, que escreveu em 1896 um livro intitulado 'The Education of the Central Nervous System: A Study of Foundations, Especially of Sensory and Motor Training' (A Educação do Sistema Nervoso Central: Um Estudo de Fundações, em Especial do Treinamento Sensorial e Motor)
Fonte
- Sabbatini, RME: Uma ponte entre a neurociência e a educação. Artigo de Noosfera.Org. Adaptado e publicado com permissão.
- ↑ «A Neurociência na inovação de conteúdos para a televisão aberta europeia». Revista Comunicar. 1 de julho de 2017. doi:10.3916/C52-2017-01
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