Pesquisador decifra calendário misterioso de Stonehenge

Por muito tempo, pesquisadores acreditaram que o monumento de Stonehenge, na Inglaterra, havia servido como um calendário para os povos neolíticos. A ideia não parece estar errada, mas faltava explicar como a contagem dos dias funcionava.

O mistério pode finalmente ter sido solucionado por Timothy Darvill, arqueólogo da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido. Para entender sua explicação, é preciso ter uma visão panorâmica do monumento. Veja abaixo.





A imagem foi retirada do estudo publicado na revista científica Antiquity. As pedras pretas representam aquelas que ainda estão no monumento. Em marrom, estão as pedras perdidas de Stonehenge, mas com posição conhecida. O bege foi usado para representar pedras perdidas que tiveram suas posições deduzidas.

O círculo formado em Stonehenge era composto por 30 pedras sarsen (blocos de arenito). De acordo com Darvill, cada uma delas representava um dia do mês. Já o mês era dividido em três semanas de 10 dias. Nisso, teríamos 360 dias.

Há ainda os chamados trilitos no centro do círculo, que nada mais são do que duas pedras verticais, com uma terceira colocada sobre elas na horizontal. Os trilitos teriam representado os 5 dias que faltam para completar o ano.

Os anos bissextos não ficavam de fora da conta. Há quatro pedras que formam um retângulo do lado de fora do círculo. Essas teriam servido para contar o dia extra a cada quatro anos.

Vale lembrar que o ano possui, na verdade, 365,25 dias, o que tornaria o calendário suscetível a erros. Mas a chegada dos solstícios de inverno e de verão ajudariam a apontar qualquer deslize, já que o fenômeno poderia ser visto todos os anos através do trilito localizado ao sul do círculo.

Pesquisadores acreditam que Stonehenge foi construído entre 3 mil e 2,5 mil a.C. Na mesma época, calendários de 10 semanas também estavam sendo adotados no Egito, o que reforça a possibilidade do mesmo método ter sido pensado no Reino Unido.

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