Reserva de mercado, decisões incorretas

Quando leio noticias como a que a Ancine (Agência Nacional de Sistema) que  defende que um filme só possa ocupar 30% das salas de um mesmo complexo, e ver que filmes s com atores bem conhecidos pelo público nadaram, nadaram e morreram na praia. Cineastas investem em roteiros, lutam para captar dinheiro e, na hora do "vamos ver", culpam distribuição, divulgação e exibição.

Querer forçar demanda em "produtos" (filmes) que o consumidor (espectadores) não querem,  e tomar medidas "inapropriadas" como não aceitar a realidade do mercado, fazer que voltemos ao passado remoto onde em tempos de ditadura militar, escolhiam o que poderíamos ver ou não. 

Em tempos de cultura digital, todos sabem quais filmes gostaríamos de ver e quais não. E situações surreais acontecem:

O  filme "Insônia" foi lançado em fevereiro deste ano, com seis cópias. Estrelado por Luana Piovani ("A mulher invisível"), o filme gaúcho foi visto por 2.079 espectadores e arrecadou R$ 25.215,70 de bilheteria no país.  

O filme "O grande Kilapy" apostava no astro Lázaro Ramos ("Ó Paí, Ó") como protagonista. Isso garantiu bem pouco ao filme do diretor Zezé Gamboa, que foi visto por 109 pessoas e rendeu R$ 1.137,00.

O filme "Jogo de xadrez", com Priscila Fantin, estrela de novelas como "Alma gêmea" (2005), no papel de uma presidiária. Dez cópias do filme foram vistas por 521 espectadores e fizeram R$ 6.707,83

Outras produções lançadas em 2014 também não chegaram aos 5 mil espectadores. "Gata velha ainda mia", com Regina Duarte e Bárbara Paz, foi visto por 3.180 pessoas; "Entre vales", com Angelo Antonio, fez 2.955 de público; e "Minutos atrás", com Vladimir Brichta, conseguiu alcançar 860 pessoas.

Entre os dez filmes mais visto no Brasil  em 2014 (até novembro), o melhor colocado, entre os filmes nacionais,  O Candidato Honesto, teve mais 1,9 milhões de espectadores a menos que o 10º colocado (Planeta dos Macacos: O Confronto) e R$ 31 milhões de bilheteria de diferença para este mesmo filme.

Então não podemos achar que limitando o acesso a programações de filmes criaremos um mercado para os filmes nacionais, neste caso o que vale é a qualidade, divulgação e repercussão que a obra terá no mundo inteiro (afinal estamos globalmente conectados).

Fontes: G1 e Guia da Semana

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