Há tempos não surgia uma iniciativa da sociedade por uma causa ambiental como o movimento que questiona o uso de canudos. Tudo começou após a publicação de um vídeo, em 2015, mostrando a angústia de uma tartaruga enquanto seus salvadores tentam retirar um canudo de sua narina. A informação viralizou e o canudo plástico, que pode matar animais marinhos, foi se espalhando pelo mundo.
A partir daí, empresas começaram a sentir a pressão da sociedade. A Starbucks, a rede de hotéis Marriott, a empresa de aviação American Airlines, a Walt Disney e o McDonald's do Reino Unido e da Irlanda prometeram eliminar o uso de canudinhos nos próximos anos. A lojas brasileiras da rede de fast-food já deixaram de entregar espontaneamente canudinhos aos clientes.
E veio a resposta legislativa também. No Brasil, a cidade do Rio de Janeiro decretou o banimento do canudo de plástico descartável e a vigilância sanitária já está fiscalizando os estabelecimentos. Em Santos, uma lei semelhante entra em vigor em 2019. Em São Paulo, vereadores ainda discutem a adoção de medidas semelhantes, mas cidades da região metropolitana – Sorocaba e Cotia – já tomaram medidas contra o canudinho.
A Comissão Europeia propôs o banimento de dez itens descartáveis responsáveis por 70% do lixo em mares europeus, entre eles o canudinho. Em um relatório, a instituição afirma que se apenas os canudinhos distribuídos por redes de fast-food na União Europeia em um ano fossem enfileirados, daria para ir e voltar à Lua dez vezes. Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, também declarou suas intenções de banir o plástico descartável, citando a estimativa de 8,5 bilhões de canudos plásticos descartados anualmente em seu país.
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