Redes neurais melhoram vídeo de 1896, e agora parece que ele foi filmado com um smartphone


Captura de tela Denis Shiryaev/YouTube

Há muitas razões válidas para temer as técnicas de deep learning, sobretudo pelo potencial que elas têm de serem usadas para fins nefastos. Mas, como demonstra Denis Shirayev, ferramentas baseadas em inteligência artificial podem melhorar consideravelmente um vídeo em preto e branco de 1896, como se fosse filmado com um smartphone atual.

Ao ver cenas de filmes antigas com excesso de granulação, falta de foco e uma completa falta de cor, é difícil sentir-se conectado às pessoas do vídeo, ou ao que está acontecendo. Parece um filme e, ao longo dos anos esse meio tem ensinado aos nossos cérebros que o que eles estão vendo na tela pode não ser realmente real.

Em comparação, a experiência de assistir vídeos de amigos e familiares no smartphone é completamente diferente graças às resoluções de 4K e às altas taxas de quadros. Esses clipes parecem mais autênticos e, enquanto os assistimos, há mais conexão com o momento, mesmo se você não estivesse lá quando houve a captação.

Em 1896, Louis Lumière, um dos famosos irmãos Lumière que foi um dos pioneiros de filmagem e em usar equipamentos para capturar imagens em movimento, filmou um curta-metragem intitulado L’Arrivée d’un train en gare de La Ciotat (algo como “Chegada de um comboio à estação de La Ciotat”), que mostrava lentamente um trem carregando um comboio e chegando a uma estação.



O clipe de 45 segundos é mais famoso por uma lenda urbana sobre espectadores que saíam do teatro durante exibições em 1896, aterrorizados com o fato de um trem estar prestes a aparecer na tela. Se o filme realmente teve esse efeito no público inicial, nunca foi provado, porém, dado o quão novo e inovador era aquilo, o clipe curto certamente teria sido uma experiência única para alguém que nunca tinha visto cenas em movimento antes.

L’Arrivée d’un train en gare de La Ciotat não tem o mesmo efeito sobre o público moderno, mas Denis Shiryaev se perguntou se ele poderia ser mais convincente usando poderosos algoritmos de redes neurais (incluindo Gigapixel AI, da Topaz Labs, e DAIN) para não apenas colocá-lo em qualidade 4K, mas também aumentar a taxa de quadros para 60 frames por segundo. Você pode reclamar com seus pais por usarem a configuração de suavização de movimento em sua nova TV, mas aqui o aumento da taxa de quadros tem um efeito dramático em atrair a atenção da audiência para a ação.

Fonte: Gizmodo

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